Alva cor da alma
que ensina de carícias,
que ensina de cor
e com calma
o caminho de ser só.
Se apresenta no calor
pela porta.
E será que lhe importa
quem ali está?
Fogo e calor
de inferno multicor
revelado nas ancas
morenas e lisas.
Ensaia a leitura e desliza
em setins e sedas.
Fala de ganhar
(que ganhos também são perdas),
e de se espelhar em desejos
de esperas.
E é como se
As músicas das esferas
arrebentassem em silencios
de coitos calados
e multiplicados por mil.
De um branco sutil
que nem imagina
o que tanto consentimento
ensina
e esconde de sofrimentos.
Branca, sutil e leve,
que leva com a palavra
o que os corpos
não lavram, nem livram
em líquidos
e em licenças.
Branca cor da espuma,
Que parte de uma
única e exclusiva
Dor.
Buenos Aires, 03/10/15
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