martes, 15 de diciembre de 2020

 PARA MARIANA

Não nos conhecemos.
Mediados estamos pelo silêncio.

Palavras que cruzam telas,
Vozes que nem se conhecem.

Obra do silêncio:
Irmão amargo da distância,
Triste como luz de cinema.

O silêncio também é um verbo
Que se conjuga.
E jura.

O silêncio é um verbo que joga
Com o meu verso e
Com essa verdade:

É triste o silêncio que voa,
Que como o verbo, jorra
Ou inunda os ares
De Buenos Aires.

E alegra o verbo que cruza
Em silêncio
As ruas de São Paulo.

O verbo berra.
O silêncio escuta.
Ele é um verbo
Que a curiosidade conjura.

Buenos Aires, 07/03/2020

No hay comentarios.: