PARA MARIANA
Não nos conhecemos.
Mediados estamos pelo silêncio.
Palavras que cruzam telas,
Vozes que nem se conhecem.
Obra do silêncio:
Irmão amargo da distância,
Triste como luz de cinema.
O silêncio também é um verbo
Que se conjuga.
E jura.
O silêncio é um verbo que joga
Com o meu verso e
Com essa verdade:
É triste o silêncio que voa,
Que como o verbo, jorra
Ou inunda os ares
De Buenos Aires.
E alegra o verbo que cruza
Em silêncio
As ruas de São Paulo.
O verbo berra.
O silêncio escuta.
Ele é um verbo
Que a curiosidade conjura.
Buenos Aires, 07/03/2020
No hay comentarios.:
Publicar un comentario