martes, 15 de diciembre de 2020

 DOENTE

Vem
Ser a noite da minha lua.
Traz
As tuas águas às minhas plantas,
Às minhas perguntas,
Palavras e assonâncias.

Vem ser luz mas esconda,
Esconda-se da voz
Da penumbra: te roubará uma cor.

Vem ser luz desse instante.
Vem ser rumo
Sem rubor.

Vem
Ser peso dos pesadelos
E, apesar dos sonhos
Que os meus tempos teimam
Em levar com os sorrisos,
Seja vidro redondo,
Que não corta nem fere,
Que te prisme sendo luz
Sem certezas.

Vem
Que sou céu,
Só, sal, sim,
Sêmen,
Semente também
Diante de ti,
Doente de ti.

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