sábado, 12 de noviembre de 2016


Poema involuntário
 
Livre
Do peso da tarde
Ou da obrigação do dia
Em que a luz se refaz.

Refúgio em palavras,
Involuntárias como num poema
Inútil.

Que encontra vôo no eco
E roça o ar frágil e arreganha
A noite.

Sentado e sem sentido
Sendo eu mesmo aonde
Não posso ser.

E vejo escadas que rolam
Num shopping.
Pessoas que rolam
Num shopping.
Nuvens que rolam
Num sonho
E tudo isso invade.

E já é noite e
Não se sabe.

E não se conhece
O sabor
Pois já é tarde.

E eu ali, só,
Como um único
Soco no olho.

                                                                                            Rio de Janeiro, 28/09/16

 

 

No hay comentarios.: