Poema involuntário
Livre
Do peso da tarde
Ou da obrigação do dia
Em que a luz se refaz.
Refúgio em palavras,
Involuntárias como num poema
Inútil.
Que encontra vôo no eco
E roça o ar frágil e arreganha
A noite.
Sentado e sem sentido
Sendo eu mesmo aonde
Não posso ser.
E vejo escadas que rolam
Num shopping.
Pessoas que rolam
Num shopping.
Nuvens que rolam
Num sonho
E tudo isso invade.
E já é noite e
Não se sabe.
E não se conhece
O sabor
Pois já é tarde.
E eu ali, só,
Como um único
Soco no olho.
Do peso da tarde
Ou da obrigação do dia
Em que a luz se refaz.
Refúgio em palavras,
Involuntárias como num poema
Inútil.
Que encontra vôo no eco
E roça o ar frágil e arreganha
A noite.
Sentado e sem sentido
Sendo eu mesmo aonde
Não posso ser.
E vejo escadas que rolam
Num shopping.
Pessoas que rolam
Num shopping.
Nuvens que rolam
Num sonho
E tudo isso invade.
E já é noite e
Não se sabe.
E não se conhece
O sabor
Pois já é tarde.
E eu ali, só,
Como um único
Soco no olho.
Rio de Janeiro, 28/09/16
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